Hapvida indica foco em lucratividade e empolga investidores
O balanço publicado ontem à noite pela Hapvida deu ao mercado novas indicações de que a empresa está comprometida em recuperar a lucratividade, após ter sofrido com o aumento dos custos e da sinistralidade ao longo dos últimos três anos, tendo a pandemia como pano de fundo.
O esforço da empresa em buscar maior rentabilidade se reflete principalmente no aumento de preços. No segundo trimestre, o tíquete médio dos planos de saúde cresceu 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 245 por mês. Além disso, a sinistralidade demonstrou um comportamento mais controlado, subindo menos do que o previsto pelo mercado, atingindo 73,9%, em comparação com os 72,3% do trimestre anterior.
Os dois indicadores desempenharam um papel fundamental na capacidade da Hapvida de aumentar o Ebitda ajustado em 4,1% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 606 milhões. Esse valor ficou 12,5% acima da projeção dos analistas do Itaú BBA. Excluindo o efeito positivo de R$ 19 milhões proveniente da operação de sale and leaseback e o impacto negativo de R$ 8 milhões em indenizações, o Ebitda seria de R$ 596 milhões, superando em 19% a previsão do Santander.
“Acreditamos que o compromisso da empresa em implementar aumentos de preços para seus planos corporativos é bem-vindo, apesar da pressão sobre o crescimento orgânico no curto prazo. A continuação dessa estratégia deve sustentar o atual momento de ganhos para as ações”, escreveu a equipe de analistas liderada por Vinicius Figueiredo, do Itaú BBA. O Santander, por sua vez, afirmou que os números demonstram que a empresa continua a executar sua estratégia de focar na lucratividade.
No mercado, as ações da empresa estão reagindo positivamente ao balanço e liderando os ganhos entre os ativos que compõem o Ibovespa. Por volta das 11h30, apresentavam um aumento de 8,06%, atingindo R$ 5,36.